Em uma carta conjunta enviada à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) na última quarta-feira (14), importantes entidades bancárias, como a American Bankers Association e o Financial Services Forum, expressaram a urgência de uma revisão nas regulações que atualmente impedem os bancos de atuarem como custodiantes de Bitcoin.

O cerne da preocupação está na regulamentação SAB 121, que exclui os bancos da custódia de ETFs de Bitcoin à vista, apesar da recente aprovação de 11 desses ETFs pela Comissão. As associações argumentam que, ao negar aos bancos o papel de custodiantes, a atual abordagem regulatória aumenta o risco de concentração em entidades não bancárias.

A carta destaca a importância dos bancos oferecerem serviços de custódia de Bitcoin para grandes gestoras de ETFs, como BlackRock e Fidelity, visando reduzir riscos e promover uma distribuição mais equitativa desses ativos. Além disso, os bancos solicitam à SEC uma reconsideração da definição de ‘criptoativos’, enfatizando a necessidade de distinguir entre diferentes tipos e casos de uso.

A mensagem ganhou notoriedade nas redes sociais, sendo interpretada como uma mudança de postura dos bancos em relação ao Bitcoin. O CEO da BitWise Invest, Matt Hougan, destacou a carta como um sinal de transformação na percepção regulatória em Washington, enquanto Eric Balchunas, analista sênior de ETF da Bloomberg, reconheceu os esforços dos bancos para ingressar nesse setor do mercado.

Os bancos afirmam que a exclusão dos serviços de custódia de ativos digitais por organizações bancárias pode prejudicar investidores e o sistema financeiro como um todo. Eles argumentam que os bancos podem oferecer maior proteção legal e supervisão em comparação com os provedores de custódia não bancários.

A resposta da SEC a essas solicitações está em foco, podendo moldar o futuro da custódia de ativos digitais e o papel dos bancos no crescente mercado de criptomoedas. Acompanharemos de perto as decisões que poderão impactar significativamente esse setor.